Texto escrito por Fabio Nogueira, estudante de história e professor voluntário de pré vestibular comunitário
Terminado o segundo turno das eleições municipais, o foco será 2022. É a vez de sentar e mirar os passos para que a extrema direita não fique no poder e novas alianças 'chapa-branca' sejam responsáveis pela vinda da extrema direita ao Palácio do Planalto.
O resultado do primeiro turno deu claro recado que o eleitor não está satisfeito com o atual modelo de governo. As esquerdas também não devem comemorar, inclusive o Partido dos Trabalhadores, que teve o pior desempenho nas urnas municipais. Cidades chaves onde o PT tinha forte influência optaram por outros partidos. Prova que o eleitor e a sociedade não esqueceram das intrujices cometidas e que acabou contaminando todas as esquerdas. No senso comum, ser de esquerda não é ser progressista.
Dois mil e vinte e dois é amanhã. Articulações bisonhas estão brotando. A maior empresa de comunicação do país já escolheu que irá apoiar para a presidência da república outro aventureiro, tipo Collor de Mello. Isso está para acontecer .
Há três opções para escolhermos:
- Continuar com o que está no poder, um beligerante que não dá margem ao diálogo, genocida responsável pela morte de mais de cem mil pessoas;
- Inventar outro 'não político carismático' com pinta de super herói e belo;
- Partidos progressistas de esquerda, comprometidos com causas sociais e desenvolvimentismo nacional, se unirem.
O pleito desse ano fortaleceu ao centro–direita que conquistou prefeituras em grandes cidades e virá com o lema do voto útil e continuará com as políticas de privatizações. O bloco é liderado pelo DEM (antigo PFL) que deverá vir com candidatura própria ou alianças em 2022.
Por um momento, as esquerdas deverão se unir por uma causa comum. Não estar fragmentada e obtusa. O ex-presidente Lula já declarou que abre a mão da candidatura para uma aliança única de esquerda. No meu juízo, a chapa Ciro Gomes / Flávio Dino é viável.
O País está num barco sem rumo e à deriva. O capitão é incapaz de comportar-se como líder nato. O capitão pensa que está segurando um brinquedo, não sabendo montar e entender a complexidade desse brinquedo.
O jogo está na mesa. Agora é apostar todas as fichas para daqui a dois anos e não deixar esse país cair de vez num abismo sem fundo .
(Texto escrito por Fabio Nogueira, estudante de história e professor voluntário de pré vestibular comunitário)
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