Escrito por Fabio Idalino Alves Nogueira, professor de história, e Gabriel Luiz Campos Dalpiaz, Professor de Educação Física e graduando em Filosofia
Durante todo o período pré-eleitoral para ocupar a cadeira da presidência da república, estava ocorrendo a demonização dos partidos de esquerda. A esquerda era o cancro do país e tirá-la do poder, nem se não fosse pelas regras do jogo democrático, era preciso. O Slogan já dizia “tire o PT e o país melhora”. De lá para cá, muitos desses jornalistas, num passe de mágica, descobriram que o governo de JMB não se diferenciava no contexto ético dos demais partidos que governaram o Brasil.
Jornalistas conceituados, cientistas políticos e os chamados “influencers” digitais aguçaram os limites do imaginário coletivo. Afirmavam com todas as letras, caso o Partido dos Trabalhadores ocupasse de novo a cadeira do Palácio do Planalto, o país seria ingovernável.
Os Partido dos Trabalhadores e seus aliados são passivos de corrupção, no entanto esses partidos respeitaram a regra do jogo democrático. Em treze anos em que estiveram no poder não verberaram em fechar o STF e o Congresso nacional. Fortaleceram a autonomia da polícia federal e aumentaram os recursos para as forças armadas. Manteve boas relações com as instituições armadas, não utilizando militares para fins políticos. Uniu-se aos os países das Américas e foram firmes em dizer que seriam aliados dos EUA e não pária do continente.
No meio midiático, não há inocentes. Os jornalistas são profissionais calejados. Há aqueles que sentiram na pele o poder da opressão e persistiram que JMB é a cara da nova política. Que política?
O jornalismo em geral e se destacando a TV, tem o poder de mudar a política. Uma frase bem colocada no tempo adequado durará igual as frases de Assis Chateaubriand e o Barão de Itararé, ou seja: serão eternizadas. Virarão penas ao serem sopradas para o ar.
Por causa dessas omissões, os cidadãos que apoiavam e votaram no Presidente Jair Messias Bolsonaro, e hoje se arrependem, tem seus motivos para deixá-lo de lado nesse atual contexto social, econômico e de crise sanitária. Vemos o ponto da extrema pobreza aumentar, chegar a mais de 12% da população brasileira vivendo com menos de R$ 246,00 ao mês. O negacionismo em relação a covid-19, que matou mais de 400.000 brasileiros. A enrolação para a compra das vacinas e a promoção do uso de medicamentos para o tratamento precoce da covid-19, o famoso “kit covid” (remédios sem comprovações científicas).
Esse povo que decidiu virar as costas para ele, conseguiu enxergar nesse pequeno momento o que antes já lhes foi avisado, não há um salvador da pátria que profere palavras em base de emoções sem plano para governar um país do tamanho territorial, populacional e econômico como o Brasil.
A pressão que ele sofre, sendo do povo, da oposição e de antigos aliados políticos, é necessariamente uma amostra de seus 27 anos como deputado federal. No qual não conseguiu articular e promover projetos políticos, sendo aceitos apenas dois de 171. O fracasso já estava desenhado.
O momento da CPI da covid está aí, espero que chegue a algum lugar, esperar até 2022 não é o melhor caminho para o Brasil atualmente.
Depois da tragédia feita e não assumida pelos meios de comunicações de terem ajudado na eleição desse desastre político, será preciso esperar cinquenta anos para lermos num editorial um pedido de desculpas desses jornalistas e meios de comunicações?
(Escrito por Fabio Idalino Alves Nogueira, professor de história, e Gabriel Luiz Campos Dalpiaz,
Professor de Educação Física e graduando em Filosofia)
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