METRÔ desvaRIO

Quase todos os dias recebo feeds, ouço pelo rádio, leio no jornal ou vejo pelo televisor, notícias do Metrô Rio lotado, com problemas, pesso...

Quase todos os dias recebo feeds, ouço pelo rádio, leio no jornal ou vejo pelo televisor, notícias do Metrô Rio lotado, com problemas, pessoas passando mal dentro dos trens e assim por diante. Quase todos os dias vejo cariocas reclamando "não aguento mais"; hoje dizem a mesma coisa e, possivelmente, amanhã continuarão a dizer. O fato é que nada melhora.

Inauguraram uma nova conexão, ontem, que prometia diminuir os intervalos de 4 minutos (absurdo para uma capital que pretende abrigar Copa e Olimpíadas) para 2 minutos. A inauguração contou até com a presença do presidente Lula. O que vemos hoje? Intervalos de até 15 minutos. O que se vê em todo lugar? A mesma população de sempre dizendo "não aguento mais".

Infelizmente, este sentimento de descontentamento generalizado acaba se transformando em conformação, ou melhor, talvez já nasça conformado. Cerca de duas semanas atrás, por volta das cinco horas da tarde, uma senhora de idade teve que ser retirada do Metrô por estar passando mal. Foi preciso fazer essa retirada no meio do trajeto, entre uma estação e outra, tamanha a lotação do trem. E isso não é novidade, pois se repete todos os dias. E não é nada diferente com a Super Via, sempre lotada, com trens da década de 70, caindo aos pedaços e assim por diante. E o que fazemos? Morremos nas palavras. "Não aguento mais". "Não aguento mais". "Não aguento mais".