Durante o velório de Eloá, Ana Cristina Pimentel, a mãe, declarou a polícia não tendo culpa pelo desfecho do seqüestro, agradeceu aos p...
Durante o velório de Eloá, Ana Cristina Pimentel, a mãe, declarou a polícia não tendo culpa pelo desfecho do seqüestro, agradeceu aos presentes, a escola, a imprensa e perdoou Lindemberg pelo que fez. Natural que uma mulher dotada de sentimentos sinceros de compaixão para com o assassino da filha, não culpe a imprensa, a polícia ou qualquer um pelo desfecho. Não sendo estudiosa da mídia, comunicação ou operações táticas policiais e, pelo que podemos notar, possuidora de grande espiritualidade, natural que não culpe ninguém, principalmente num momento onde sente a dor da separação de sua filha.
Anormal são os programas exibirem isto como um “cala-boca” para todos os que estão debatendo a atuação da mídia durante o seqüestro, criticando a atuação desregrada de programas interessados apenas em pequenos pontos de audiência.
No citado velório, repórteres pareciam-se com abutres de microfones nas mãos, afoitos por conseguirem declarações e exibirem as imagens como troféu por seu “trabalho jornalístico”.
Por mais que a sociedade debata e critique a atuação impensada destes programas e profissionais, eles continuam agindo como se fossem vitoriosos, arrancando depoimentos em momentos onde se deveria apenas silenciar em respeito aos sentimentos alheios.
O único modo de realmente atingir a “consciência” destes profissionais seria pelo aspecto financeiro, fazendo uma lista dos patrocinadores destes programas e negando-se a consumir seus produtos, fazendo um manifesto claro de que a população não será conivente com empresas que patrocinam ações impensadas e irresponsáveis da mídia.
“O que eles fizeram foi de uma irresponsabilidade tão grande que eles poderiam, através dessa conduta, deixar o tomador das reféns mais nervoso, como deixaram, poderiam atrapalhar a negociação, como atrapalharam” - Rodrigo Pimentel.
“Foi irresponsável, infantil e criminoso o que a Sonia Abrão fez. Essas emissoras, esses jornalistas criminosos e irresponsáveis, devem optar na próxima ocorrência entre ajudar a polícia ou aumentar a sua audiência” - Rodrigo Pimentel, Co-autor do livro "Elite da Tropa" e roteirista do filme "Tropa de Elite".
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